sábado, 11 de outubro de 2014

PRÉMIO NOBEL DA PAZ

Ontem foi publicado o vencedor do Prémio Nobel da Paz. Não apenas um, mas sim dois. 

Antes de ser professora de EMRC, já dava dedicava alguma atenção à entrega deste prémio, agora que dou uma matéria onde se encaixa este prémio, ainda lhe dedico mais atenção.

Alfred Nobel, ditou que este prémio deveria distinguir "a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz.".  A escolha do premiado não deve sofrer influências políticas, deve ser o mais justo possível. Houve anos em que não estive de acordo com a a escolha do vencedor, por achar que a política internacional tinha influenciado a decisão do comitê. Não é o caso deste ano, no meu ponto de vista a escolha foi muito bem feita e faz honras a Alfred Nobel.

Os vencedores, Kailash Satyarthi e Malala Yousafzai , venceram o prémio pela sua luta contra a discriminação das crianças e jovens e pelo direito destes à educação. Eles são belos exemplo para todos os nossos alunos. É importante que eles percebam, que por todo o mundo existem pessoas que lutam pelos direitos das crianças, que existem jovens que lutam pelo direito à educação.


Kailash Satyarthi, um pouco menos conhecido que Malala, mas com um trabalho notável na Indía. Este engenheiro indiano abandonou o seu trabalho, para se dedicar à luta contra o trabalho infantil no seu país. A sua organização, Bachapan Bachao Andolan, trabalha diariamente para resgatar crianças e jovens que são vitimas de abusos e exploração.  Não ficando pelo resgate, ajuda também na reabilitação, reintegração e educação destas crianças.
Em 25 anos de trabalho, salvou cerca de 78.500 crianças.  




Este é uma das campanhas promovidas pela sua organização.





Malala Yousafzai, a pessoa mais jovem a ser condecorada com este prémio. 16 anos de vida e uma história incrível. Começou a escrever um blog aos 12 anos de idade, com um pseudónimo de Gul Makai, tendo o objectivo de mostrar ao mundo a discriminação feita ás raparigas no seu país, o Paquistão. Aos 13 anos alcançou a notoriedade. A 9 de Outubro de 2012, foi baleada no crânio, sendo sujeita a uma cirurgia, que levou muito tempo a recuperar. A sua luta pelo direito à educação das raparigas, pela igualdade de direitos e pela discriminação de género exercida pelo regime Talibã elevou-a a voos maiores, aos 16 anos discursou na Assembleia da Juventude na Organização das Nações Unidas em Nova Iorque, Estados Unidos. 
Ficou celebre a sua frase: "Vamos pegar nos nossos livros e canetas. Eles são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. A educação é a única solução."


Aqui fica uma pequena parte do discurso desta guerreira.




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